
Tem dias que o cigarro tem um sabor mais amargo. Acendo e deixo apagar no meu segundo trago, talvez terceiro, deixo a fumaça sair pela boca antes que toque os meus pulmões várias vezes até perder a conta. Tem dias que quero viver melhor, prefiro não deixar que a confusão da nicotina não perturbe os meus pensamentos. Não quero estar sob efeito de nenhuma substância ao escrever agora.
Há uns dias arrisquei escrever alguns versos, orações, sentenças, frases, seja o que for que determine o que é a minha escrita. Parei na metade do caminho. Me recuso a escrever com sentimentos negativos. Esses não me doem, nem me cortam, apenas me afastam de quem eu sou e por mais que eu tente ser qualquer coisa, tenho total consciência que não sou alguém cheia de sentimentos ruins, mesmo que as vezes eu ache que seja.
Passei por uma porrada de coisas na vida. Isso não é poético, não soa bonito e muito menos me faz mais resistente que outra pessoa. Achei que não suportaria perdas, desencontros e partidas. Suportei. Talvez eu nunca supere algumas marcas, no entanto sobrevivo com algumas defesas que não gostaria de abrigar. O engraçado é que no meio de tudo, não me vejo como alguém mais forte, acho que apenas me tornei alguém que evita se arriscar sentir certos sentimentos outra vez.
Esse não era para ser um texto sobre mim, era sobre você, mas não posso me enganar e fingir que o que sou não é muito do que nós fomos um dia. Ontem me peguei revivendo conversas nossas. Talvez você não saiba, mas guardo as primeiras mensagens que trocamos. É surreal a sensação que me invade quando leio as nossas memórias, são várias, não sei como identificar a confusão que invade o peito e o coração quando revivo aquele 7 de janeiro. Uma data que se ressiguinificou quando você chegou. Eu estava eufórica e as coisas aconteceram de uma forma que se eu tivesse apelado para a racionalidade não teria permitido. Aconteceu, e você ter me acontecido foi uma das coisas mais belas que a vida me proporcionou.
Respiro. Quem diria que depois de tudo estaríamos assim? Eu teria feito algumas coisas diferentes se pudesse prever, mas a vida é assim, não é mesmo? Imprevisível.
Eu queria ter as palavras certas para dizer agora. Queria te arrancar sorrisos e dizer que tudo vai ficar bem. Vai ficar, só não da forma que a gente queria. Foram tantos planos e promessas que se dissiparam com o vento que nos afastou. Destinos e acasos que se perderam em passos desconsertados. O que esperar do futuro? Não sei e não quero saber. Você sabe que nunca gostei de planejar nada e acho que no fundo sabia que isso era apenas um mecanismo de defesa a frustrações.
Não quero falar do futuro. No fundo tampouco do que passou, mas não sei ao certo em que período de tempo você está na minha vida. Apenas, depois de tanto fugir, queria te escrever. Sabe, aquilo que não está neste blog foi direcionado a pessoa certa. Por mais que aqui não tenha quase nada para você, sinto que pude, na abertura que tinha, te dizer o que sentia. Escrevo e jogo ao vento quando sou covarde o bastante a dar nome e endereço as minhas postagens. Em relação a você nunca tive medo ou receios. Diferente de agora.
Não sei como está sua vida, suas relações e suas expectativas. No fundo não sei se este é o momento certo de querer falar com você, mas não posso privar as palavras de saltarem as pontas dos dedos depois de reprimi-las tanto. Não teria interrompido contato se esta fosse uma escolha minha. Ainda acredito que as coisas são como tem que ser e se o universo fez com que fossem assim, não me revolto. Não tenho poderes e nem sou perfeita a ponto de lutar para que tudo saia como eu quero. No fundo sou fraca, sou frágil e me despedaço quando perco o controle e ainda mais quando não sei o que sentir.
Sinto falta, saudade, culpa, tristeza, sinto um mundo, sinto muito, sinto tanto que as vezes me pergunto porque só não posso ser insensível. Recobro a consciência. Não quero ser indestrutível. A insensibilidade não me cabe e prefiro assim.
Você é a pessoa mais sensível que conheci. Você me diz que é triste, mas sabe, não acredito que seja. Você transborda amor e eu não consigo acreditar que o amor, mesmo que eu não saiba como definir, possa ser algo negativo. Isso me ligou a você. Enxerguei o mundo com outros olhos e senti a vida com outra intensidade. A tempestade que é, me perturba e me tira do lugar, e foi isso que construiu as melhores partes de quem sou hoje. Voltei a falar de mim e sem querer me pego na busca da minha essência. Sou parte de você, sou muito de nós. Me desculpe. Não sei mais como continuar isso aqui. Sinto sua falta.
Trago um cigarro na esperança de te trazer pra perto.
Há uns dias arrisquei escrever alguns versos, orações, sentenças, frases, seja o que for que determine o que é a minha escrita. Parei na metade do caminho. Me recuso a escrever com sentimentos negativos. Esses não me doem, nem me cortam, apenas me afastam de quem eu sou e por mais que eu tente ser qualquer coisa, tenho total consciência que não sou alguém cheia de sentimentos ruins, mesmo que as vezes eu ache que seja.
Passei por uma porrada de coisas na vida. Isso não é poético, não soa bonito e muito menos me faz mais resistente que outra pessoa. Achei que não suportaria perdas, desencontros e partidas. Suportei. Talvez eu nunca supere algumas marcas, no entanto sobrevivo com algumas defesas que não gostaria de abrigar. O engraçado é que no meio de tudo, não me vejo como alguém mais forte, acho que apenas me tornei alguém que evita se arriscar sentir certos sentimentos outra vez.
Esse não era para ser um texto sobre mim, era sobre você, mas não posso me enganar e fingir que o que sou não é muito do que nós fomos um dia. Ontem me peguei revivendo conversas nossas. Talvez você não saiba, mas guardo as primeiras mensagens que trocamos. É surreal a sensação que me invade quando leio as nossas memórias, são várias, não sei como identificar a confusão que invade o peito e o coração quando revivo aquele 7 de janeiro. Uma data que se ressiguinificou quando você chegou. Eu estava eufórica e as coisas aconteceram de uma forma que se eu tivesse apelado para a racionalidade não teria permitido. Aconteceu, e você ter me acontecido foi uma das coisas mais belas que a vida me proporcionou.
Respiro. Quem diria que depois de tudo estaríamos assim? Eu teria feito algumas coisas diferentes se pudesse prever, mas a vida é assim, não é mesmo? Imprevisível.
Eu queria ter as palavras certas para dizer agora. Queria te arrancar sorrisos e dizer que tudo vai ficar bem. Vai ficar, só não da forma que a gente queria. Foram tantos planos e promessas que se dissiparam com o vento que nos afastou. Destinos e acasos que se perderam em passos desconsertados. O que esperar do futuro? Não sei e não quero saber. Você sabe que nunca gostei de planejar nada e acho que no fundo sabia que isso era apenas um mecanismo de defesa a frustrações.
Não quero falar do futuro. No fundo tampouco do que passou, mas não sei ao certo em que período de tempo você está na minha vida. Apenas, depois de tanto fugir, queria te escrever. Sabe, aquilo que não está neste blog foi direcionado a pessoa certa. Por mais que aqui não tenha quase nada para você, sinto que pude, na abertura que tinha, te dizer o que sentia. Escrevo e jogo ao vento quando sou covarde o bastante a dar nome e endereço as minhas postagens. Em relação a você nunca tive medo ou receios. Diferente de agora.
Não sei como está sua vida, suas relações e suas expectativas. No fundo não sei se este é o momento certo de querer falar com você, mas não posso privar as palavras de saltarem as pontas dos dedos depois de reprimi-las tanto. Não teria interrompido contato se esta fosse uma escolha minha. Ainda acredito que as coisas são como tem que ser e se o universo fez com que fossem assim, não me revolto. Não tenho poderes e nem sou perfeita a ponto de lutar para que tudo saia como eu quero. No fundo sou fraca, sou frágil e me despedaço quando perco o controle e ainda mais quando não sei o que sentir.
Sinto falta, saudade, culpa, tristeza, sinto um mundo, sinto muito, sinto tanto que as vezes me pergunto porque só não posso ser insensível. Recobro a consciência. Não quero ser indestrutível. A insensibilidade não me cabe e prefiro assim.
Você é a pessoa mais sensível que conheci. Você me diz que é triste, mas sabe, não acredito que seja. Você transborda amor e eu não consigo acreditar que o amor, mesmo que eu não saiba como definir, possa ser algo negativo. Isso me ligou a você. Enxerguei o mundo com outros olhos e senti a vida com outra intensidade. A tempestade que é, me perturba e me tira do lugar, e foi isso que construiu as melhores partes de quem sou hoje. Voltei a falar de mim e sem querer me pego na busca da minha essência. Sou parte de você, sou muito de nós. Me desculpe. Não sei mais como continuar isso aqui. Sinto sua falta.
Trago um cigarro na esperança de te trazer pra perto.